Primeiros números do Anuário do Futebol Profissional apresentados, num painel com Miguel Farinha, Pedro Siza Vieira e António Saraiva
O Impacto da Indústria do Futebol na Economia Nacional foi um dos temas no palco Arena, no terceiro e último dia do Thinking Football Summit. O painel serviu para apresentar alguns números da sexta edição do Anuário do Futebol Profissional, realizado pela consultora Ernst & Young, cuja apresentação oficial será esta segunda-feira.
Miguel Farinha, líder da área de Strategy and Transactions da EY, apresentou alguns números impactantes. «Esta é a sexta edição do Anuário e mostra como a transformação do Futebol está a impactar na Economia. Em 2021-22, o impacto no Produto Interno Bruto foi de 617 milhões de euros, 0,3 por cento do PIB. Registamos um crescimento em relação a 2019, ano pré-pandemia», explicou Miguel Farinha.
O painel, moderado pelo jornalista Francisco David Ferreira (CNN), contou com as participações de Pedro Siza Vieira, antigo ministro da Economia, e de António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Ambos concordaram com o papel crescente da indústria do Futebol na Economia nacional e que o futuro passa pela internacionalização da marca.
«O caminho do crescimento passa por deixarmos de olhar para o mercado nacional, mas sim para o mercado global. Temos de projetar a imagem que Portugal tem imagem de valor. Precisamos de notoriedade e isso contribui para o crescimento sustentado da economia. Como o Turismo proporciona a revitalização dos bens», afirmou Pedro Siza Vieira.
«A Economia tem de cumprir três objetivos: dimensão, internacionalização e inovação. Essa marca está em cada jogador, mas precisamos de criar estruturas e estratégias. Temos de trabalhar muito, infraestruturar toda a realidade para que que essa marca possa ser internacionalizada», vincou o presidente da CIP.
Miguel Farinha não se despediu do painel sem falar da importância da Centralização dos Direitos Audiovisuais, legislado para 2027-28, e em formas de esbater as diferenças de receitas entre os clubes. «Precisamos de ter o Futebol mais competitivo, apostar mais em infraestruturas. Temos, por exemplo, o tema da repartição das receitas dos Impostos das apostas desportivas. 30 por cento vai para os clubes, o resto para a Federação. Essa verba devia estar mais nos Clubes e no investimento para melhorarmos a experiência de ir ao estádio», explicou Miguel Farinha.
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