20 de Novembro de 2022

Impacto da Indústria do Futebol na Economia Nacional no Thinking Football Summit

Primeiros números do Anuário do Futebol Profissional apresentados, num painel com Miguel Farinha, Pedro Siza Vieira e António Saraiva

O Impacto da Indústria do Futebol na Economia Nacional foi um dos temas no palco Arena, no terceiro e último dia do Thinking Football Summit. O painel serviu para apresentar alguns números da sexta edição do Anuário do Futebol Profissional, realizado pela consultora Ernst & Young, cuja apresentação oficial será esta segunda-feira.

Miguel Farinha, líder da área de Strategy and Transactions da EY, apresentou alguns números impactantes. «Esta é a sexta edição do Anuário e mostra como a transformação do Futebol está a impactar na Economia. Em 2021-22, o impacto no Produto Interno Bruto foi de 617 milhões de euros, 0,3 por cento do PIB. Registamos um crescimento em relação a 2019, ano pré-pandemia», explicou Miguel Farinha.

O painel, moderado pelo jornalista Francisco David Ferreira (CNN), contou com as participações de Pedro Siza Vieira, antigo ministro da Economia, e de António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Ambos concordaram com o papel crescente da indústria do Futebol na Economia nacional e que o futuro passa pela internacionalização da marca.

«O caminho do crescimento passa por deixarmos de olhar para o mercado nacional, mas sim para o mercado global. Temos de projetar a imagem que Portugal tem imagem de valor. Precisamos de notoriedade e isso contribui para o crescimento sustentado da economia. Como o Turismo proporciona a revitalização dos bens», afirmou Pedro Siza Vieira.

«A Economia tem de cumprir três objetivos: dimensão, internacionalização e inovação. Essa marca está em cada jogador, mas precisamos de criar estruturas e estratégias. Temos de trabalhar muito, infraestruturar toda a realidade para que que essa marca possa ser internacionalizada», vincou o presidente da CIP.
Miguel Farinha não se despediu do painel sem falar da importância da Centralização dos Direitos Audiovisuais, legislado para 2027-28, e em formas de esbater as diferenças de receitas entre os clubes. «Precisamos de ter o Futebol mais competitivo, apostar mais em infraestruturas. Temos, por exemplo, o tema da repartição das receitas dos Impostos das apostas desportivas. 30 por cento vai para os clubes, o resto para a Federação. Essa verba devia estar mais nos Clubes e no investimento para melhorarmos a experiência de ir ao estádio», explicou Miguel Farinha.

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